O CRIO-SONO... LAPSOS DE MEMÓRIA!

23/01/2014 13:43

O CRIO-SONO SÃO PEQUENOS LAPSOS DE MEMÓRIA...       No crio-sono grande parte do cérebro fica paralizada, exceto o lado primotovo, o lado animal.

O Sono Criogênico

Durante a maior parte da viagem da Ishtar, seus tripulantes e passageiros serão mantidos em sono criogênico. Dormirão em cápsulas chamadas criogênicas, nas quais suas temperaturas e metabolismo corpóreos ficarão baixíssimos. Mesmo sua atividade cerebral será reduzidíssima; longos sonhos arrastados em câmera lenta preencherão suas mentes até que, próximo a seus destinos, serão gradativamente despertos.                                                                                                                          Mesmo entre pontos relativamente próximos, em que a viagem seria de apenas algumas semanas ou meses, é vantajoso entrar em sono criogênico para evitar o envelhecimento e também o tédio (e a missão da Ishtar pode durar toda uma vida!). Enquanto isso, quem controla os sistemas de navegação, de suporte vital e de emergência é o computador da nave. Leva algumas horas para que o corpo e a mente retornem à normalidade após esse tipo de processo.                                                                                                                                Tontura, náuseas, desorientação e fraqueza são inevitáveis; mas a intensidade dos sintomas varia de acordo com o físico de cada um. Também em casos de emergência, a tripulação é literalmente expulsa do seu sono (aí, os sintomas são piores) pelo computador para assumir seus postos de comando, como no caso de mal funcionamento do equipamento da nave, de colisão iminente e de aproximação hostil. O processo de sono criogênico é induzido quimicamente, além de controlado eletronicamente pela cápsula (temperatura e sinais vitais sempre monitorados), e é considerado bastante seguro e de poucos efeitos colaterais.

Criogenia:

É a técnica de manter cadáveres congelados anos a fio para ressuscitá-los um dia. Hoje, isso já dá certo com embriões: óvulos fecundados podem ficar na "geladeira" com chances boas de sobreviver a um descongelamento - estima-se que perto de 60% deles conseguem vingar, dando origem a um bebê. Por isso, um bocado de gente acredita que isso ainda vai funcionar com seres humanos inteiros.     Até agora, cerca de 100 pessoas já foram congeladas depois da morte e esperam por vida nova no futuro.

A ideia é fantástica: você morre e os médicos o colocam num tanque de nitrogênio líquido, guardado a -196 ºC, temperatura em que o cadáver não apodrece. Aí, daqui a uns 500 anos, os cientistas descobrem um jeito de combater a doença que causou sua morte e o degelam. Uma beleza, né? Mas o processo não é tão simples. "Os próprios métodos usados para congelar uma pessoa causam danos às células que só poderiam ser reparados por tecnologias que ainda não existem", afirma o físico americano Robert Ettinger, considerado o grande divulgador da criogenia.                                                                                                                                                     Por enquanto, o congelamento não funciona com pessoas porque o líquido que compõe as células vira gelo, aumentando de tamanho e fazendo-as trincar. Com os embriões congelados, esse efeito é evitado com a aplicação de substâncias químicas que driblam a formação de cristais de gelo, impedindo que as paredes celulares se danifiquem. "Mas com os seres humanos desenvolvidos o problema é que cada tipo de célula exige uma substância protetora diferente, e muitas delas ainda não foram inventadas", diz o ginecologista Ricardo Baruffi, da Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP), um especialista em congelamento de embriões.                                                                                                                            Quer tentar a sorte mesmo assim? Então é melhor se mudar para os Estados Unidos, porque as duas únicas empresas no mundo com estrutura para receber novos "pacientes" ficam lá. E, se você quiser levar um bichinho de estimação para não se sentir muito sozinho daqui a 500 anos, sem problemas. Dez gatos, sete cachorros e até um papagaio já entraram nessa fria com seus donos.                                                                                      = Ary Souza Espírito de Luz